Prémio Fernando Távora 13ª edição
A Arquiteta Inês Vieira Rodrigues sagrou-se vencedora da 13ª edição do Prémio Fernando Távora, com a proposta “Abordagem científica ao projecto de arquitectura desde as racionalidades modernas. Entre Europa e Estados Unidos da América”.
Júri: Constituído por José Gomes Fernandes e Carlos Prata (indicado pela Casa da Arquitectura), Nuno Sousa (em representação da OASRN), por Benedita Sequeira Pinto, neta do arquitecto Fernando Távora, e por Manuel Sobrinho Simões
Organização: Secção Regional Norte da Ordem dos Arquitectos – Eduardo Queiroga (vogal do pelouro da Cultura), Adriana Castro (assessoria), Cláudia Antuntes; António Laúndes (vogais do pelouro da Encomenda), Sara Azevedo (assessoria).
Design gráfico: Rubio Pereira
Patrocínio: Ageas Seguros
Regulamento da 13ª edição
Proposta “Abordagem científica ao projecto de arquitectura desde as racionalidades modernas. Entre Europa e Estados Unidos da América”
Inspirando-se na viagem realizada por Fernando Távora aos EUA em 1960 para tomar conhecimento das pedagogias norte-americanas, aplicando-se ao sistema de ensino de arquitectura em Portugal, Isa Clara Neves propõe um itinerário entre a Europa e os EUA. Com esta viagem, a arquiteta pretende conhecer e estudar diferentes contextos de utilização de tecnologias computacionais na prática profissional e na metodologia de ensino/investigação, construindo uma visão histórica e crítica da influência das novas tecnologias na disciplina.
“Metodologicamente a viagem divide-se em 3 directrizes: 1. visita aos arquivos dos centros de investigação pioneiros dos anos 60, em que se integrará a presença de Nuno Portas no debate internacional; 2. registo de obras de arquitectura racionalista, de base metodológica, até obras de maior complexidade algorítmica; 3. visita e análise das instituições de ensino/investigação actuais, relevantes na relação da arquitectura com o potencial computacional.” Excerto da proposta de viagem.
Biografia da vencedora
Isa. Clara Neves (Porto 1980) é arquitecta, professora e investigadora. Licenciada em Arquitectura (FAUP, Porto, 2004), mestre em Cultura Arquitectónica Moderna e Contemporânea (FAUL, Lisboa, 2009) e doutorada em Arquitectura (FAUL, Lisboa, 2015). Desde a sua investigação de mestrado explora uma apreciação da teoria da arquitectura moderna e contemporânea dentro de um domínio computacional, revelando e reflectindo sobre alguns dos contextos culturais, históricos e tecnológicos que influenciaram o surgimento de uma prática computacional na arquitectura, que se tem vindo a construir ao longo dos últimos 60 anos. Colaboradora de Eduardo Souto de Moura entre 2006 e 2010. Fundadora da revista Nexus. Autor de artigos publicados em revistas e livros tais como CASA INTERNATIONAL Magazine Pequim, China, PLI, Catálogo Mesa “Eduardo Souto Moura _ 30 anos, projetos selecionados”, Trends Magazine, Catálogo Swissport09, Revista LaMag. Autores de artigos científicos como eCAADe, CAADRIA, SIGraDI, PARC, Journal IJAC. Oradora em eventos/organizações como Campus Ultzama 2012, Iberian Architecture 2012 Reencounters, Arquibio, Estratégia Urbana, entre outros. Coordenou e coorganizou eventos como DIGITAL DARQ, Future Traditions. Assistente convidada na Escola Superior de Artes e Design (ESAD). Paralelamente exerce projecto de arquitectura, em parceria. Desenvolve investigação de Pós-Doutoramento desde 2017, com o tema “A Construção de uma Perspectiva Computacional na Arquitectura. O Contraponto Português", pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e pelo College of Arts and Architecture at The Pennsylvania State University, com bolsa da FCT - Fundação para a Ciência e Tecnologia.
Composição de Júri
Carlos Prata, nasce no Porto em 1950, onde sempre residiu e trabalhou. Concluí o Curso de Arquitectura da ESBAP em 1975 (Prova Final em 1980). De 1977 a 1979 é colaborador permanente do Arq. Arménio Losa. De 1979 a 1985 trabalha em sociedade com os Arqtos. Arménio Losa e Henrique de Carvalho. Desde 1985 exerce profissão liberal em gabinete próprio, sendo co-autor entre 1987 e 1997 o Arq. José Carlos Portugal. De 1980 a 1990 é assistente do curso de Arquitectura da Escola Superior de Belas Artes do Porto. De 1999 a 2015 é Professor Auxiliar Convidado da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. Desde 2015, após finalização do Doutoramento em Arquitectura, é Professor Auxiliar da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. Desenvolve projectos de desenho urbano e edificação, tendo sido muitos publicados em inúmeros livros e revistas, nacionais e estrangeiras e outros premiados por diversas entidades públicas e privadas.
Benedita Menéres Távora Sequeira Pinto, nasceu no Porto em 15 de Maio de 1990. Terminou os estudos em Arquitectura pela Universidade do Minho em 2016. Ao longo do seu percurso académico, para além da Arquitectura, foi desenvolvendo competências em áreas como a museologia, fotografia, marketing e publicidade. Como Arquitecta, desenvolveu estudos na área da construção modular em madeira e da optimização de materiais destinados a uma construção sustentável, tanto em gabinetes especializados, como na própria indústria de aglomerados e melaminas. Actualmente frequenta uma pós-graduação em gestão de marketing e ocupa funções na empresa de madeiras J. Pinto Leitão SA, no departamento de Prescrição.
José Gomes Fernandes, é Arquitecto, Doutor em Urbanismo e Professor Universitário, Cronista e ficcionista. Foi Presidente da Secção Regional do Norte da Associação dos Arquitectos Portugueses, Vereador do Urbanismo e Reabilitação Urbana da Câmara Municipal do Porto e Secretário de Estado do Ordenamento e Ambiente e Deputado. Foi colaborador do suplemento «Das Artes das Letras» do jornal «O Primeiro de Janeiro». Actualmente, é colaborador permanente do «JN – Jornal de Notícias» desde 1976 e colaborador do jornal literário «As Artes Entre as Letras». Tem um vasto conjunto das obras editadas.
Manuel Sobrinho Simões, nasceu no Porto em 1947. Doutorou-se em Medicina, em 1978, na Universidade do Porto com uma Tese sobre Cancro da Tireoide e fez o Pós-Doutoramento em Oslo em 1979/80. Tem livros publicados na Europa, EUA e Japão. Presidiu à Sociedade Europeia de Patologia entre 1999 e 2001, depois de ter sido Secretário-Geral de 1989 a 1997. Foi eleito o patologista mais influente do mundo, em 2015, numa votação organizada pela revista The Pathologist. É Presidente da Direcção do Ipatimup desde a sua fundação em 1989 e membro da Direcção do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S). Preside ao Conselho Nacional de Centros Académicos Clínicos e ao Conselho de Curadores da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES). Foi Condecorado em 2004 e 2010 pela Casa Real da Noruegal e com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, em 2004. Entre outros, recebeu o Prémio Bordalo (1996), o Prémio Seiva (2002), o Prémio Pessoa (2002) e o Grande Prémio Ciência Viva (2016).
Nuno Sousa, nasceu em 1970, natural de Tete, Moçambique. Arquitecto com actividade profissional pública e em regime liberal, em Mirandela, desde 1998, elaborando, coordenando e assessorando projectos de Arquitectura e Urbanismo, de obras públicas e privadas, nas áreas de acção social, habitação, educação, desporto, cultura, lazer e culto. De 1994 a 1998, exerceu Arquitectura na Escócia. Membro da Ordem do Arquitectos (OA) e do Royal Institute of British Architects (RIBA). Esteve inscrito (1997-2012) no Architects Registration Board (ARB), Reino Unido. Entre 1989 e 1995, licenciatura e pós-graduação na Scott Sutherland School of Architecture, da Robert Gordon University, em Aberdeen, Escócia. Participou em vários congressos, seminários profissionais e foi membro de Júri. Integrou (1995) a Exposição “Trailblazing – Orkney´s Recent Art Graduates”, The Pier Arts Centre, Stromness, Escócia. Finalista (1994) da competição “Scottish Power Architectural Student Competition”. Obteve Menção Honrosa (1991) na competição “RIAS / ACANTHUS Award for Measured Drawing”. Tem obras construídas nos Municípios da Terra Quente Transmontana, na região do Douro e na Escócia.