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A Ordem dos Arquitectos (OA) e a Associação dos Arquitetos Paisagistas (APAP) assinaram um protocolo de colaboração no dia 21 de março, com vista a trabalhar em conjunto sobre a possibilidade de, num próximo futuro e para responder aos desafios contemporâneos, apresentar ao legislador a proposta de uma ordem profissional conjunta.

Na defesa do interesse público, tornou-se fundamental a assinatura deste protocolo que concerta as intenções da APAP e da OA: a APAP procura valorizar e definir com clareza os atos do arquiteto paisagista; a OA pretende reabrir o processo de revisão do Estatuto, melhorando aspetos organizacionais e de salvaguarda da qualidade da arquitetura e do urbanismo.  

Neste protocolo de colaboração, APAP e OA aceitam colaborar nos serviços e processos de encomenda e concursos de projeto, visando a complementaridade das suas competências profissionais e a defesa do interesse público. Concordam em desenvolver eventos e formações conjuntas, que contribuam para a qualificação profissional e a qualidade da prestação de serviços dos profissionais que representam, assim como promover programas, projetos e ações tendo em vista um planeamento e desenho urbano mais “verde e azul”.

João Ceregeiro, Presidente da APAP, referiu que, face aos “desafios globais que hoje se apresentam, mais do que nunca é essencial trazer a paisagem e as suas componentes para o ordenamento do território e para um novo desenho das cidades, capaz de um olhar sobre a relação complexa do homem e de todos os seres vivos em equilíbrio com os fatores físicos do meio, numa luta contra a perda da biodiversidade”, promovendo “as doutrinas da neutralidade climática e da gestão racional dos recursos”.

Avelino Oliveira, Presidente da OA, considerou que a ligação entre as duas disciplinas é decisiva para responder aos desafios de futuro no nosso território e nas nossas cidades e beneficiará tanto a APAP como a OA. Estes desafios têm resposta na capacidade de ambos os profissionais, direcionada para encontrar soluções para os problemas contemporâneos, em que “um desenho urbano e paisagístico muito qualificado é imprescindível. Nesse sentido é fundamental, hoje mais do que nunca, que os arquitetos sejam promotores de uma atividade colaborativa e multidisciplinar.”