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7 junho 23 Secção Regional dos Açores

Exposição Miradouro da Serreta

A inauguração da exposição dos trabalhos de arquitetura apresentados no âmbito do concurso do Miradouro da Serreta, em Angra do Heroísmo, decorreu no dia 05 de junho, às 18h30, no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Angra do Heroísmo.

Contou com a intervenção de José Álamo de Meneses, presidente da Câmara Municipal de Angra de Heroísmo, e com a intervenção da Filipa Bettencourt, vice-presidente do Conselho Diretivo da Secção Regional dos Açores da Ordem dos Arquitectos (SRAZO).

Esta exposição surge de uma parceria celebrada entre a Câmara Municipal de Angra do Heroísmo e a SRAZO, que consiste na prestação de assessoria técnica ao procedimento de seleção para ajuste direto do projeto de intervenção no Miradouro da Serreta. Segundo Nuno Costa, presidente da SRAZO, a iniciativa tem o objetivo de “contribuir para a incrementação de boas práticas na aquisição de serviços de arquitetura, na construção de massa crítica em torno na Arquitetura, e também para a formação de uma sociedade mais exigente e reivindicadora do seu Direito à Arquitetura”.

Com as iniciativas desta natureza, a SRAZO procura “promover a aproximação da Ordem às entidades públicas e privadas, sensibilizar estas entidades para o incentivo à prática de concursos, democratizar o acesso à encomenda pública, contribuir para a escolha de soluções adequadas às necessidades dos municípios, promover a implementação de mecanismos de maior transparência e gerar debates com o intuito de criar massa crítica em torno da área”. É de salientar que “os procedimentos de conceção de arquitetura estimulam a criatividade e a inovação, sendo que estes são adaptáveis e ideais para todo o tipo de programa e dimensão de projetos, permitindo melhores resultados, através da seleção da equipa técnica mais adequada, e promovem a igualdade de oportunidades por ser um método mais transparente e equilibrado na adjudicação de projetos”. 

Este procedimento, do Miradouro da Serreta, resultou em 32 propostas. Classificadas tendo como critério a “qualidade conceptual da proposta”, a “adequabilidade da solução construtiva e custos de manutenção” e a “capacidade de integração”, foi atribuída a 1.ª classificação à proposta de Beatriz de Una Boveda. Segundo o júri, a proposta de Beatriz de Una Boveda “contribui para a construção neste local extremo do programa previsto, amplificando as emoções ao visitante, sem destruir a paisagem e produzindo um momento arquitetónico que poderá vir a ser uma obra marcante do roteiro turístico e mesmo cultural da ilha”.

A 2.ª classificação à proposta de Gil Correia Nunes de Menezes Cardoso, tendo o júri considerado que “em termos de integração na paisagem este é um dos trabalhos mais bem conseguidos, embora a sua área de intervenção seja relativamente maior. Toda a solução é tratada como um todo, tanto a nível de materiais locais - bagacinas, pedra, madeira, - adequados à solução e aos pretendidos baixos custos de manutenção - como a nível de espaço”.

A 3.ª classificação atribuída a António Maria Amado Costa Almeida, segundo o júri, “o imaginário poético dos quatro elementos pré-históricos fogo, terra, ar e água interagem ao longo do percurso até à emoção da vista sobre o abismo”, sendo que “o projeto explora a relação entre matéria e forma como meio de provocar recordações, associações e emoções que materializa com sucesso numa opção minimalista”.

O júri, composto pela Dr.ª Sandra Costa, indicada pela Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, e pelos Arquitetos Miguel Cunha e Carlos Garcia, indicados pela SRAZO, decidiu ainda atribuir Menção Honrosa às propostas de Fernando Miguel Gomes Meirinhos e de Adriano Leite de Noronha Alves Niel. 

Além dos três procedimentos concluídos e que contaram com a intervenção da SRAZO – O Mercado de Vila Franca do Campo, a Requalificação do Centro Histórico de Ponta Delgada e o Miradouro da Serreta -, a SRAZO encontra-se também a prestar assessoria técnica à Direção Regional das Obras Públicas da Secretaria Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, do Governo Regional dos Açores, no âmbito do “Procedimento de seleção prévia para o projeto de um espaço de apoio de passageiros e memória às expedições do Príncipe Alberto I do Mónaco no Porto da Casa, ilha do Corvo", e que será oportunamente lançado. 

 

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