3 novembro 23 Lisboa e Vale do Tejo
Aeroporto | Ordem reclama ação mobilizadora e interventiva
DR
O presidente da Secção Regional de Lisboa e Vale do Tejo, Pedro Novo, e o presidente do Conselho Diretivo Nacional, Avelino Oliveira, estiveram reunidos com a Comissão Técnica Independente
Na audiência pedida pela nova direção, a Ordem dos Arquitectos reclamou uma ação muito mais interventiva junto da coordenadora-geral da Comissão, Maria do Rosário Partidário.
O presidente da Secção Regional de Lisboa e Vale do Tejo, Pedro Novo, e o presidente do Conselho Diretivo Nacional, Avelino Oliveira, estiveram reunidos com a Comissão Técnica Independente encarregada de avaliar as opções estratégicas para o aumento da capacidade aeroportuária da Região de Lisboa.
O papel interventivo da Ordem inclui a organização de um debate aprofundado entre técnicos especializados sobre todas as necessidades urbanas, de planeamento e projeto que são essenciais para construir um aeroporto, independentemente do local escolhido.
O papel interventivo da Ordem inclui a organização de um debate aprofundado entre técnicos especializados sobre todas as necessidades urbanas, de planeamento e projeto que são essenciais para construir um aeroporto, independentemente do local escolhido.
Pedro Novo e Avelino Oliveira entendem que as principais preocupações das arquitetas e dos arquitetos não estão a ser valorizadas no contexto dos trabalhos da Comissão Técnica Independente, criada para avaliar as opções estratégicas que permitam aumentar a capacidade aeroportuária da região de Lisboa e coordenar e realizar a avaliação ambiental estratégica.
“Ainda que tenhamos ficado elucidados quanto à calendarização e ao conteúdo do relatório, mantemos elevadas preocupações relativamente ao processo e ao modelo aeroportuário a propor. Constatamos que as principais preocupações dos arquitetos não estão equacionadas no âmbito do trabalho que se está a executar, sendo apenas – eventualmente – registadas, como recomendações nos anexos a constar do relatório a apresentar aos decisores políticos”.
“Uma nova cidade” num cronograma apertado
Os arquitetos são os maiores conhecedores do território e do planeamento urbanístico e a Ordem antecipa que o futuro aeroporto levará à criação de uma nova cidade, onde ficarão alojados os mais de 10 mil trabalhadores que vão construir o próprio aeroporto, os interfaces, as acessibilidades e os terminais logísticos entre outras infraestruturas de apoio.
Se, como se antevê, dado o “cronograma apertado”, o modelo definido para executar este megaprojeto for um procedimento único e por inteiro para todas estas necessidades, então serão poucas as empresas no mundo com capacidade técnica e logística para se apresentarem para a sua execução.
“É um condicionamento para os técnicos portugueses e até ibéricos. Este afunilamento condicionará aos dois ou três grupos internacionais (dos EUA, Inglaterra, Ásia) que têm capacidade para isso”, refere Avelino Oliveira, prevendo que este problema no planeamento que, “perverte o sistema e beneficia as grandes corporações, terá consequências diretas no bolso dos contribuintes.”
“É um condicionamento para os técnicos portugueses e até ibéricos. Este afunilamento condicionará aos dois ou três grupos internacionais (dos EUA, Inglaterra, Ásia) que têm capacidade para isso”, refere Avelino Oliveira, prevendo que este problema no planeamento que, “perverte o sistema e beneficia as grandes corporações, terá consequências diretas no bolso dos contribuintes.”