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6 maio 24 Madeira

3.º ENCONTRO NACIONAL DOS ARQUITETOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, O 1.º NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA

O Presidente do Conselho Diretivo Nacional da Ordem dos Arquitectos, Arq. Avelino Oliveira, presidiu o Encontro Nacional dos Arquitectos da Administração Pública, iniciativa promovida pela Ordem dos Arquitectos (OA) que vai na sua terceira edição e decorreu no dia 06 de maio, pela primeira vez, no Funchal, na sede da SRMAD.

A iniciativa que juntou sessenta arquitectos afetos à administração pública, onde debateu-se a necessidade de estruturação de uma carreira própria para os arquitectos dentro do funcionalismo público, atendendo ao conjunto de alterações legislativas que colocam, responsabilidades acrescidas a estes profissionais.
“Estamos a meio de um processo de alteração legislativa que, quer os arquitectos que trabalham em ateliers, quer os colegas da administração pública, têm vindo a adaptar-se e têm feito um enorme trabalho para que o desígnio do País, as políticas em curso e o aproveitamento dos fundos comunitários seja o melhor possível e que vá ao encontro de que consigamos melhorar as nossas cidades e melhorar a qualidade do espaço público, atinjamos as metas ambientais pretendidas e desenvolvamos uma arquitetura cada vez de maior qualidade. Para que isso aconteça é preciso termos uma profissão cada vez mais qualificada e a prática profissional tem de ser desempenhada em condição de grande estabilidade, o que nem sempre acontece”, sustentou o Presidente do CDN.
Arq. Avelino Oliveira salientou que os dados estatísticos indicam que a Madeira é a região do País com maior percentagem de arquitectos na administração pública. Sendo a Madeira a região com mais arquitectos percentualmente, significa que também deve ser olhada para essa parte com particular atenção. Devem ter uma progressão de carreira adequada e devem sentir que o seu trabalho é importante e reconhecido pela população. À semelhança do que já aconteceu com outras carreiras profissionais, a Ordem dos Arquitectos espera que a Região, fazendo uso da sua autonomia, possa “dar um exemplo ao continente”.
Idêntica opinião é partilhada pela Presidente da Secção Regional da Ordem dos Arquitectos, Arq. Susana Neves que lamentou a desvalorização da profissão, salientando "os temas muito quentes" que se prendem com a "atualidade do arquitecto da administração pública", colocando o foco no que diz ser a "maior responsabilização naquilo que é pedido aos arquitectos". 
Recordando a alteração da lei das ordens profissionais, a responsável regional proferiu em "problemas acrescidos", pela desadequação da realidade da profissão.
Salientou a reivindicação de melhores condições de trabalho aliado aos vencimentos adequados à responsabilidade profissional, e uma justa progressão da carreira. “Em relação aos arquitectos que não trabalham na administração pública queremos a dignificação da profissão e não queremos ser o parente pobre ou estar à margem. Nós sentimos que somos o elo mais fraco e que toda a responsabilidade está muito em cima dos nossos ombros”.
E essa fragilidade da profissão acaba por se refletir na qualidade da arquitectura que vemos à nossa volta, sustenta Susana Neves. No seu entender, "o 'Simplex' promove um embargo de obras e não promove a verdadeira qualificação da paisagem", que passa por "um projecto cuidado e uma análise cuidada desse mesmo projecto".

madeira.rtp

fotos srmad

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