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A Ordem dos Arquitectos - Secção Regional dos Açores deu as boas vindas a todas as Arquitetas e a todos as Arquitetos que fizeram a sua inscrição entre 16 de julho de 2020, data de criação da Secção Regional, e março de 2024, numa Cerimónia de Receção aos Novos Membros que teve lugar no Centro Natália Correia, concelho de Ponta Delgada, no passado dia 23 de março.

No âmbito desta iniciativa, que contou com a presença de representantes do Governo dos Açores, da Câmara Municipal de Ponta Delgada e outras entidades civis, entre os quais representantes de estruturas regionais de outras Ordens Profissionais, teve lugar a Conferência: Profissão e Arquitetura, que contou com a participação dos Arquitetos Miguel Ângelo Machado (moderador), Rui Pinto, Ana Rita Sampaio e Afonso Botelho dos Santos.

Rui Pinto, arquiteto e professor convidado na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, está a desenvolver a sua tese de doutoramento intitulada: “A madeira na arquitetura dos Açores – história, tecnologias, identidades”. Com obra realizada no Arquipélago dos Açores, proferiu uma apresentação onde começou por “falar dos inícios: o início do povoamento, o início da profissão, o início de cada projeto”. Assim, iniciou a sua apresentação com o projeto Restauro do Coreto da Amora, no Seixal, que foi o seu primeiro projeto e também o primeiro projeto que fez em CAD. Nessa linha, apresentou depois os primeiros projetos que realizou com a Câmara Municipal das Lajes do Pico, o Monumento aos Baleeiros (obra de Pedro Cabrita Reis) e as obras de Reabilitação do Forte de Santa Catarina e Fábrica de Baleia SIBIL. 

Ana Rita Sampaio e Afonso Botelho dos Santos fundaram o atelier Ilhéu, em 2019, um atelier de arquitetura que “procura respostas a condições insulares através da experimentação em série das possibilidades espaciais e formais que celebram, ou desafiam, as narrativas do contexto”. Através da exposição de três projetos, representativos do trabalho do atelier, destacaram três oportunidades de trabalho: o concurso público, a encomenda direta e a iniciativa própria. Assim, apresentaram o projeto do pavilhão temporário para o festival Walk&Talk, o projeto de uma casa isolada no Nordeste e o estudo concebido para a recuperação do ilhéu de Vila Franca do Campo. 

Nos projetos de ambas as apresentações, na sua maioria com a obra executada nos Açores, foram evidentes as preocupações e a sensibilidade dos seus autores para com o lugar, o património, os materiais, a identidade, o ambiente e a sustentabilidade, culminando em obras que respondem a programas diversos com eficácia e qualidade espacial, conferida pelo seu enquadramento paisagístico e urbanístico, respeito pelas preexistências e materialidade.

O Presidente do Conselho Diretivo Regional dos Açores da Ordem dos Arquitetos, Arquiteto Nuno Costa, na sua intervenção, começou por, naturalmente, felicitar as jovens arquitetas e os jovens arquitetos que principiaram a Profissão de Arquiteto entre 16 de julho de 2020 e a presente data, tendo assinalado que concluíram uma importante etapa das suas vidas, de aquisição de conhecimentos e das competências necessárias ao exercício da prática profissional em Arquitetura e ao uso do título profissional de Arquiteto. 

Nuno Costa, que fez questão de mencionar que o uso do título profissional de Arquiteto é restrito ao individuo que é (cf. o EOA) “titular de formação habilitante no domínio da arquitetura, inscrito na Ordem estando autorizado ao uso do título profissional de arquiteto e a praticar os atos próprios da profissão”, destacou alguns dos direitos e dos deveres a que os arquitetos estão sujeitos no exercício da sua profissão. Referindo-se às atribuições e obrigações da Ordem, partilhou algumas das ações que a Secção Regional dos Açores tem vindo a desenvolver, tendo em vista responder aos desafios da sociedade, oferecer melhores condições ao exercício da profissão, dignificar a profissão e valorizar a arquitetura, tendo incidido sobre a qualidade dos serviços prestados aos arquitetos, designadamente, os serviços da Formação, da Encomenda e da Prática Profissional. 

Na ocasião, o representante da Ordem dos Arquitectos nos Açores, Nuno Costa, também referiu que “os arquitetos, no exercício da prática da profissão e enquanto embaixadores da Arquitetura, têm o dever de contribuir para a dignificação da profissão e para a valorização da arquitetura. Na sua prática profissional diária, devem de defender o interesse público, zelando pela salvaguarda e qualificação do território, da paisagem, do património, do urbanismo, do ambiente e da arquitetura, bem como defendendo o direito à habitação, à arquitetura e à qualidade de vida”. 

E acrescentou que, “os Arquitetos devem contribuir para a defesa e promoção da arquitetura, no reconhecimento da sua função social e cultural, mas também pela sua função económica e ambiental. Devem ter presente que o exercício da prática profissional é um ato de responsabilidade, por acarretar um compromisso individual e coletivo perante a Ordem e, sobretudo, perante a Sociedade, no seu todo. Implica uma dedicação, uma aprendizagem e um trabalho incessantes, em defesa do interesse comum”. 

Avelino Oliveira, Presidente do Conselho Diretivo Nacional da Ordem dos Arquitectos, que marcou presença nesta cerimónia, dirigiu-se primeiramente aos novos membros, felicitando-os e desejando muito sucesso na sua vida profissional, tendo assinalado que a Ordem somos todos nós – as arquitetas e os arquitetos. Na sua intervenção, entre outos assuntos, manifestou o seu enorme agrado ao ver a presença de representantes do Governo dos Açores, da Câmara Municipal de Ponta Delgada e das estruturas regionais de outras Ordens Profissionais, por serem parceiros fundamentais no desenvolvimento das diversas ações que a Ordem tem vindo a promover, de âmbito político, legislativo e outras matérias do interesse da profissão e do interesse público. 

Cerimónia de Receção dos Novos Membros dos Açores disponível para visualização AQUI