A FIGURA DO PRESIDENTE NA OA
Nascida no referendo da Associação dos Arquitectos Portugueses (AAP) de Maio de 1995, a nova designação Ordem dos Arquitectos foi adoptada, acima de tudo, para dar credibilidade ao conjunto, e tornar mais clara na sociedade a sua responsabilidade colectiva, reforçando deontologia e incompatibilidades, mas sempre tendo claros os princípios do associativismo que presidiram à criação da AAP no pós 25 de Abril.
Ora um bastonário é, segundo a definição do Dictionnaire Universel des Sciences et des Arts (Dicionário Universal das Artes e Ciências) de 1690[4], “aquele que detém o bastão de uma confraria e que o transporta, ou o segue, nas procissões”. Uma figura que, embora comum, contém em si mesma uma simbologia pouco complementar com os tais princípios associativos, mais ainda numa profissão que, à data, tinha ainda uma “certa imagem pública (…) demasiado fechada sobre si própria”1
Foi nesse sentido que a criação da Ordem dos Arquitectos não trouxe consigo o bastonário do costume, mas antes manteve a figura do Presidente do Conselho Directivo (Nacional e Regionais), já existente na AAP, não como personalidade singular, mas antes como um representante de um conjunto de arquitectos que, juntos, se dedicam à discussão e promoção de “políticas para a Arquitectura, no sentido que a palavra "política" tem de mais geral e mais nobre: a acção pelo interesse público.”1
O actual Presidente do Conselho Diretivo da Secção Regional dos Açores da Ordem dos Arquitectos é o arquiteto Nuno Costa
1 Pedro Brandão, Presidente do Conselho Diretivo Nacional in Arquitectos, nº 27, Junho 95