Publicado a 21 Outubro 2024Secção Regional LVT
Celebração de Centenários | Edição 2024 | Homenagem ao Arquiteto Luiz Alçada Batista | 29 de outubro |18h30
21 de outubro - 29 de outubro
Sede Nacional da Ordem dos Arquitectos
No âmbito da celebração dos arquitetos centenários (centenário da geração de 1924), a Secção Regional de Lisboa e Vale do Tejo da Ordem dos Arquitectos tem vindo a promover nas redes sociais durante outubro a publicação de homenagens aos arquitetos recordando dados pessoais e profissionais da sua vida, a partir do Ficheiro de Membros da Ordem dos Arquitectos. Teremos também uma conversa sobre esta casa de férias, relembrando memórias sobre as vivências da casa da serra, com os seguintes convidados:
João M Santa Rita Gonçalo Byrne (a confirmar) Pedro Novo Teremos ainda uma exposição da Sala de Trabalho de Luiz Alçada Baptista com o mobiliário original, desenhado pelo próprio. Contamos com a sua presença. |
Celebração dos Centenários | Homenagem ao arquiteto Luiz Alçada Batista
No âmbito da celebração dos arquitetos centenários (centenário da geração de 1924), a Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitectos tem vindo a promover nas redes sociais durante outubro a publicação de homenagens aos arquitetos recordando dados pessoais e profissionais da sua vida, a partir do Ficheiro de Membros da Ordem dos Arquitectos.
No dia 29 de outubro, às 18h30, haverá uma sessão especial de homenagem ao arquiteto Luís Alçada Batista (1924-2008), fundador, com Maurício de Vasconcellos (1925-1997), do Grupo de Planeamento e Arquitectura (GPA) em 1968.
Associado ao ateliê GPA esteve também o arquiteto Bartolomeu Costa Cabral (1929-2024), que já colaborava com Maurício de Vasconcellos no ateliê que este detinha em sociedade com Conceição Silva, e continuou a sua colaboração no então novo GPA.
Luis Alçada Baptista nasceu na Covilhã, a 9 de junho de 1924, e diplomou -se como arquiteto na Escola de Belas-Artes do Porto, com a classificação final de 19 valores, em 1956.
Segundo José Manuel Fernandes, a sua formação deverá ter decorrido sob a direção pedagógica de Carlos Ramos, “informada, inovadora e atualizada, contribuindo para a sua futura prática profissional, de cariz moderno, coerente com o seu tempo, e num conflito natural com os processos mais tradicionalistas, retrógrados e fechados de produção da arquitetura em Portugal”.
Como refere, tem uma obra extensa e diversificada, sobretudo desenvolvida no quadro do antigo ateliê GPA, de que foi sócio fundador, em colaboração com Maurício de Vasconcellos.
Entre 1954 e 1971, foi arquiteto da Comissão das Construções Hospitalares do Ministério das Obras Públicas, tendo desenvolvido, entre outros, projetos para os hospitais do Gavião, da Mealhada, ou da Cruz Vermelha, em Lisboa (entre 1954 -1971); e, no período de 1971 a 1994, o Hospital de Viseu, ou o de Ponta Delgada (ampliação).
Desde 1968 trabalhou no GPA, onde desenvolveu inúmeros planos urbanísticos, como o da Brandoa-Falagueira (1970), o Plano Director Municipal de Castelo Branco (1972), ou o plano de recuperação do Bairro do Bacelo, em Évora (1977). Igualmente no âmbito do seu trabalho para o gabinete elaborou projetos para edifícios escolares, sendo de destacar a sua colaboração na conceção do conjunto da Universidade da Beira Interior (UBI), entre 1973 e 1990, com Maurício de Vasconcellos e Bartolomeu Costa Cabral.
Foi ainda no GPA que recebeu, em 1988, o primeiro prémio do concurso para a aerogare do aeroporto de Ponta Delgada.
Para além destes “grandes temas”, Luís Alçada Baptista realizou, uma vasta série de obras, como um lagar-piloto para a Junta Nacional do Azeite, em Elvas (1963); edifícios de habitação em Lisboa (Largo do Chanceler, 1992) e em Cascais (largos do Colégio, 1993, e do Prior Velho, 2000); ou, ainda, edifícios para escritórios (sede da Sociedade Portuguesa de Escritores, em Lisboa, com o GPA, 1970).
Fonte: José Manuel Fernandes, Revista Monumentos, 29, 2009, p. 148-149